sábado, 27 de fevereiro de 2010

SANGUE E AREIA

Esperar-te-ei na beira do mar
Como se fosse a mulher amada
Ansiosa por seu pescador
Nas tuas ondas me perdi
Na espuma me transformei
Tatuíra me enterrei na areia
Transformei o meu sangue
Sou a ostra que se agarra à pedra
Não quero de ti o meu corpo largar
Perco-me nas brumas da praia
E nas velas que vão para o mar
Hoje meio distante
Vejo que nas ondas o mar te levou
Perco-me em areias do deserto
E em tintas o meu sangue secou...


Mário Feijó
09.02.10


http://artesplasticas-poesias.blogspot.com
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/mariofeijo

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